BLOGUE NOVELA

Uma história de drama. Uma história de superação e de luta,
muito suspense e aprendizado, em:
“JOSEMÁRIA CUIABANA – FAZEMOS FAXINA...”

CAPITULO I – CONHECENDO A FAMÍLIA CUIABANA

Enfim amanhecera.
(Josemária) - “Duardo! Acorda essas praga Duardo! Djá tô atrasado pra entrá no sirviço! Dona Teresa me mata se atrasá... Anda Juliendy! Levanta 'minina-praga', anda tchá cria!
Ocê Maristelma... Vem com a mamãe, Juliendy, segura a mão de Gradistone, sua bandida ordinária!!”
(Maristelma) - “Cadê o pão, mamãe?”
(Josemária) - “Djá comi, porque eu vô trabalhá, masx ocê come nu sua vó”

Enfim sairam de casa.
(Gradistone) - “Tá dueno meu pé...”
(Josemária) - “Pobrema! Se quisé ficá, eu não ligo. Olha o carro seu praga!! Vem cá! Isso é pra ocê aprendê a olhá onde ocê anda. Pode chorá! Chora memo, bom que vai secá tudo sua lágrima e ocê vai ficar puro aquela velhinha amiga de sua vó!”
(Gradistone) - “Buááááaáá...”
(Josemária) - “Calaboca! Calaboca... Chora! Chora de novo! (Ele se cala) Rhum!”

Enfim na casa dos avós.
(Josemária) - “Vô! Abre a porta! Vim detchá as criança!”
(Gradistone) - “Vó!! Vó!!!!!!!”
(Maristelma) - “Abre vô! Eu tô com fome!”
(Josemária) - “Calaboca sua ordinária! Olha a educação... Maristelma, Maristelma... Ocê presta atenção no que ocê diz! Cadê Juliendy? Ordinária... Eu pego essa praga! Vem cá! Vem cá Juliendy! Tá de castigo de comê bolatchá retcheada! Três mês!”
(Maristelma) - “Eu posso mãe?! Mãããããe.....??”
(Gradistone) - “Mamãe detchô eu! Mamãe detchô eu!!!”
(Josemária) - “Os doisx! Tá todo mundo sem bolatcha durante tudo os três mês, pra aprendê a sê educado!”

Enfim Josemária arromba a porta.
(Gradistone) - “Quero comê! mãe...? Mãe!!!!! Olha aqui, eu quero...” (Um tapa no pé do ouvido)
(Josemaria) - “De castigo! Palhaçada! Entra tudo mundo, tudo mundo sentado, comportano igual criança educada, num tá veno que os vô d'ocês num tão?!”
(Maristelma) - “Mãe, eu sou educada né?”
(Josemária) - “É Maristelma.”
(Gradistone) - “Eu sou educado mãe?”
(Josemária) - “Ocê é educado Gradistone. Tudo os três são educado. Ocê é educado. Maristelma é educada, Juliendy é educada!”
(Juliendy) - “Então a gente pode comê bolachinha recheada?!”
(Silêncio Geral)

Enfim o chá fica pronto.
(Josemária) - “Tó Maristelma! Bebe o tchá que sua vó fez!”
(Maristelma) - “Tá ruim mãe, sem doce...”
(Josemária experimenta)
(Josemária) - “Pronto, agora tá bom, toma o bolo. Agora é a vez de Gradistone... Vem aqui seu minino-praga! Come tudo! Aqui o seu Juliendy! Demora que Maristelma come tudo! Djá falei pra ocê não sê boba!”
(Maristelma) - “Quero mais!”
(Josemária) - “Espera, agora é a vez da mamãe”
(Maristelma) - “Mas ocê comeu djá lá em casa...”
(Josemária) - “Pobrema! Eu trabalho e eu mando, eu sou maior, eu como maisx! Ia te dá esse resto de tchá que sobrô, masx vô bebê tudo sozinho. Hummm... Olha o tantão que tinha... Qué? (A menina acena que sim) Não vô dá! Quem que manda sê mal educada? Vô bebê outro copo. Hummm (A menina olha) Tó! Bebe sua minina-praga!”

Enfim os avós chegam da rua.
(Josemária, brinca) - “Isso é hora de tchegá da balada vovó?!”
(Dona Socorro) - “Seu vô amanheceu com dor nas costa...”
(Josemária) - “Bença vô! Como que tá a culuna do senhor?!”
(Seu Aleixo) - “Anssim-Anssim...” (Faz um gesto com a mão)
(Josemária) - “Bebí o tchá que tavu alí na panela”
(Dona Socorro) - “Que tchá que tavu ni panela?”
(Gradistone) – “Mamãe ferveu o tchá daqui vó!”
(A velhina arregala os olhos, e começa a rir)
(Josemária) – “Que foi vovó?!”
(Velhinhos rindo)

Enfim uma explicação.
(Criança ri à toa, vendo os avós rirem, a turma fez a festa. Josemária com cara de tacho)
(Josemária) - “Vovó djá tá ficano de um jheito, parece que tá caducano”
(Dona Socorro, sofrega) - “È que num tinha tchá ni panela ninhum”
(Josemária) - “È isso que eu num gosto ni vovó! Craro que tinha! O tchá tavu nessa panela aqui vovó”
(Seu Aleixo) - “Ocês bebero o tchá que tavu aqui?”.
(Maristelma) - “È!”
(Dona Socorro) - “Fervero?”
(Juliendy, meio passando mal) - “Mamãe ferveu...”
(Josemária, brava) - “Se num era tchá que tavu aqui, então o que era vovó?!”
(Dona Socorro, séria) - “Esse ai é a água de dentadura de seu avô”
(Josemária) - “Ah... Tchá mãe vovó!!!”

Enfim Josemária dentro do ônibus.
(Josemária, passando mal e pensando) - “Aguá de dentadura... Errrg... Pelo menos a bolatchinha não precisa comprá masx. Djá vai dá prá fazê a tchapinha”


(AUTOR: Sérgio Salles. Todos os direitos autorais reservados)

Continua...

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